Com empresas como a Google e a Apple a recolherem grandes quantidades de dados financeiros através do seu sistema de pagamentos, Chopra alertou para a necessidade de novas regras para evitar que se esbatam as linhas que separam as suas actividades das do verdadeiro sector financeiro.
Na China, algumas grandes empresas tecnológicas como a Alibaba e a WeChat operam serviços de pagamento separados que, segundo Chopra, recolhem “uma quantidade extraordinária de dados pessoais” sobre os utilizadores chineses. De acordo com a plataforma Enterprise Apps Today, o Alipay tem cerca de 1,3 mil milhões de utilizadores e o WeChat’s pay tem 250 milhões em 2022.
Para corrigir isso, Chopra disse que o CFPB está considerando uma nova regra para permitir que supervisione diretamente como as plataformas financeiras não bancárias fornecem serviços a contrapartes no setor financeiro para limitar as oportunidades de vigilância.
“A regra procurará acelerar a mudança da América para um sistema bancário aberto, competitivo e descentralizado, ao mesmo tempo que procura salvaguardar contra o abuso dos nossos dados pessoais”, disse Chopra.
O chefe do CFPB também disse que sua agência estava preparada para tomar novas ações relacionadas às moedas digitais. Apontando para um relatório de novembro de 2021 sobre stablecoins do Tesouro dos EUA, Chopra disse que os tokens apresentavam riscos de interesse para sua agência, particularmente em torno da vigilância e desestabilização do token.
Para mitigá-los, Chopra disse que o CFPB está considerando exigir mais informações das empresas de tecnologia sobre seus modelos de negócios, incluindo suas políticas em torno da emissão de novas moedas digitais, e novos exames por sua agência.
O QUE É QUE O CFPB ESTÁ A FAZER?
O CFPB implementa e faz cumprir a lei federal de financiamento ao consumidor e garante que os mercados de produtos financeiros ao consumidor sejam justos, transparentes e competitivos. Criado pela Lei Dodd-Frank de Reforma de Wall Street e Proteção do Consumidor de 2010 – aprovada em resposta à crise financeira de 2008 e à recessão subsequente – o gabinete independente consolida a supervisão anteriormente efectuada por várias agências diferentes.
