As consequências totais da queda do FTX são ainda desconhecidas. Como a FTX, a sua subsidiária norte-americana, e a Alameda Research, todas elas pediram protecção contra a falência, pode levar meses até que o público veja o que aconteceu no império comercial desmoronado de Sam Bankman-Fried.
Até que isso aconteça, o que nos resta são dados na cadeia que nos podem apontar para onde vai o dinheiro.
As bolsas centralizadas têm visto enormes oscilações nos seus balanços de Bitcoin em Setembro e Outubro. Estas oscilações incluíram saltos e quedas entre 10.000 BTC a 40.000 BTC, deixando enormes amolgadelas no total dos saldos cambiais em todo o mercado.
Embora a queda acentuada nos saldos de Bitcoin que vimos na semana passada possa ser atribuída à queda de FTX, três intercâmbios destacam-se em particular – Huobi, Gate.io, e Crypto.com.
Olhando para os balanços de Bitcoin nas três bolsas mostra uma actividade bastante invulgar no mês anterior à queda do FTX.
Alameda revelou na semana passada estratégias comerciais imprudentes que levaram muitos a investigar se a empresa comercial utilizava outras bolsas para além da FTX.
Dados analisados pornós mostrámos picos acentuados nos fluxos de trocas para FTX, sendo o mais notável o da Huobi. no início de Outubro, os fluxos de Bitcoin da troca para FTX triplicaram. Os fluxos a partir de Gate.io também viram um pico vertical em Outubro que continuou em Novembro.
Picos semelhantes foram vistos em Janeiro de 2021 e no início de Julho de 2022 – os primeiros após a queda da ATH atingida em Novembro de 2021, e os segundos coincidindo com o colapso da Luna. Os picos vistos no mês passado anões anteriores tanto em tamanho como em gravidade.